Outro desejo longamente acariciado por Francisco era o de voltar ao Monte Alverne. Queria passar uma temporada alí, dedicado à contemplação. Conseguiu-o finalmente.
Fugindo ao calor do verão, iniciou sua viagem no início de agosto. Acompanhavam-no seis irmãos. Frei Masseo dirigia o grupo. Andavam muito contentes, como se fossem a uma festa. Às vezes cantavam, outras rezavam e, quando estavam muito cansados, deitavam-se à sombra de alguma árvore à beira da estrada. Parecia-lhes estar revivendo a alegria do começo, quando os doze primeiros foram a Roma.
Francisco não podia acompanhar-lhes os passos. Seu corpo fraco e desgastado, debilitava-se cada vez mais. Tiveram de conseguir um burro para que ele pudesse chegar ao topo. O campnês que o conduzia, um homem rude e sincero, não resistiu ao desejo de dizer um misto de ingênuo e gozador: "Se, pois, verdadeiramente és tu o irmão Francisco, esse de quem tanto se fala, cuida de ser tão bom quanto dezem, pois tens uma fama muito grande entre o povo". Francisco gostou tanto deste conselho que, quase sem pensar, apeou do burro e abraçou o camponês.
Conta-se que, tendo o grupo se demorado, por insistência do mesmo camponês, Francisco pôs-se a rezar com os braços levantados, pediu ajuda a Deus, até que, perto de onde estavam, descobriram uma fonte de água que brotaa da rocha. E não é de estranhar que isto sucedesse, pois havia chegado a um tão alto grau de oração e a uma compenetração tal com a natureza, que dialogava com os pássaros e com as flores, e todos os seres da criação pareciam dotados de razão, como se o entendessem.
PARA REFLETIR
50. Que ensinamento nos deixam as palavras que o camponês dirigiu a Francisco?
Nenhum comentário:
Postar um comentário