Quando os irmãos eram oito, decidiram empreender uma nova incursão apostólica, para a qual se prepararam melhor, rezaram muito, leram o Evangelho em comum e escutaram com avidez os sábios ensinamentos de Francisco. A manhã fixada para a partida ressentia-se dos últimos rigores do inverno, mas um calor interior os empurrou pelas estradas. Foram pelos quatro pontos cardeais, imitando uma cruz, dois a dois em cada caminho.
A Francisco tocou o vale de Rietti. À sua passagem, todos os povoados e cidades puderam ouvir sua voz vibrante quando cantava, o suave acento de suas palavras quando convidava a todos a praticar a justiça e a viver em paz.
Sempre que lhe era possível, Francisco se retirava, de noite a um bosque vizinho ou para o alto de um monte, a fim de repousar um pouco e rezar intensamente. Numa destas noites, encontrava-se na vizinhança de Pogiosbustone, uma aldeia suspensa na encostas de um monte.
Movido quase por um instinto, subiu mais acima e entrou numa gruta da qual olhava a planície como uma águia.
Naquela vez, decidiu demorar sua permanência ali, pois, em sua alma se haviam acumulados muitas inquietudes. Precisava que Deus lhe falasse algo. Sentia quase pavor ao ver que a cada dia chegavam novos irmãos e que todos tinham a ele como ponto de referência. Ele via-se pequeno, fraco e relembrava com dor os seus pecados. Rezou muito, durante vários dias, enquanto seu companheiro pregava. Um dia, ao amanhecer, quando o sol começava a mostrar-se sobre as colinas do oriente, sentia a alma cheia de luz. Decidiu otimista o que faria: escreveria o compromisso evangélico como a forma de vida para todos os irmãos e faria dela o ponto máximo de referência; depois, a levaria ao Papa para que lha aprovasse.
PARA REFLETIR
32. Neste episódio vemos novamente Francisco rezando intensamente. Por que? Para que rezar?
Esta atitude deixa ver um ensinamento para nós hoje? Qual?
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