Nós fomos mandados por Cristo, que, por sua vez, é mandado pelo Pai, para fazer discípulos seus em todos os povos. Por isso nós vamos a todos, nós nos abrimos a todos, nós convivemos com todos, para que todos convivam Jesus Cristo conosco.
Como os apóstolos, os irmãos e as irmãs se sentem todos como pessoas que um dia Jesus chamou, com as quais formou um grupo e no meio das quais resolveu viver até o fim.
Por ser apostólico, o irmão e a irmã são profundamente móveis. Estão sempre dispostos a largar o que estiverem fazendo para começar outra coisa mais necessária. Não estão presos a lugares nem mesmo a pessoas. Não precisam levar hoje a cruz a que se tinham acostumado ontem. Há coisas novas.
A primeira obra apostólica é juntar-se aos irmãos e irmãs e rezar pelos outros irmãos, como Maria e os discípulos no cenáculo. É assim que trazemos o Espírito Santo para o meio de nós, com a força de sua atuação.
Nosso falar não pode ser complicado. Nós estamos encontrando irmãos e irmãs, mais pobres ou mais ricos, pouco importa, para compartilhar o que nós e eles recebemos na convivência com o Filho de Deus.
Com os irmãos e as irmãs nós queremos conviver não só as alegrias e as descobertas, a construção do Reino e a oração, mas também a dor de nossos pecados, a libertação deles e a conversão para Deus.
Nós temos plena consciência de que o Senhor, se nos falou mais claramente, foi para nos colocar como exemplo e como testemunhas. Mesmo que já fossemos livres de todo pecado, ainda deveríamos testemunhar penitência.
A graça de trabalhar é um dom de Deus, que permite colaborarmos com ele na transformação do mundo, deixando na história a marca de nossa personalidade, mesmo quando fazemos as menores coisas. Nós as fazemos para irmãos e irmãs que vão viver para sempre. Estarão conosco na eternidade.
O trabalho é um dos melhores meios para entrarmos na grande solidariedade humana dos que precisam sobreviver e dos que querem transformar. A solidariedade é caminho da fraternidade.
Temos uma gratidão especial por aqueles irmãos e irmãs que Deus nos deu para viverem conosco a mesma fé e estão unidos conosco pela esperança de uma única herança paterna no Reino.
Temos duas maneiras de levar vida apostólica: pelo testemunho e pela pregação. Somos apóstolos quando não disputamos com ninguém, pois a todos somos submissos. E quando anunciamos a palavra de Deus para que os outros creiam.
Nós ouvimos da boca de Deus que Ele não quer que deixemos perecer nenhum daqueles que nos deu por irmãos ou irmãs. Nós vivemos de fazer a vontade do Senhor, até completar sua obra.
O Evangelho não foi uma Boa Nova transmitida como uma informação, mas como uma proposta de vida. Como Maria e os apóstolos, nós queremos vivê-la intensamente uns com os outros e propô-la a todos.
Os irmãos e as irmãs nunca se limitam à alegria de serem colaboradores de Deus passando adiante a sua Boa Nova. Maior alegria é a de recebê-la também de todos os outros, mesmo dos que pareciam ter recebido menos do que nós quando chegamos a eles.
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