Com muita rapidez, ficaram prontos seus aparatos militares: elmo, couraçã, escudo, espada, lança... os mais bonitos, os de melhor qualidade. Porém, como poderia suportar ver-se melhor armado do que um dos seus amigos, pobre mas de descendência nobre? Por isso, num desses ímpetos espontâneos, tão próprios de seu espírito, despojou-se de suas armadruas e as presentou ao amigo que também ambicionava alistar-se na campanha do sul. Ele tinha tempo e jeito de conseguir uma outra. Além do mais, pouco lhe importavam a reprovação de seu pai e as novas despesas, diante da humilhação que via seu amigo padecer.
Entre o ir e vir dos preparativos, precisamente quando faltavam poucos dias para a festa de despedida, Francisco teve um sonho que o encheu de otimismo e de confiança, nos seus anseios de conquistar a grandeza por meio das armas: viu o quarto de um palácio abarrotado de armas de toda espécie. Algo como se fosse um arsenal dum cavaleiro e, num dos quartos, uma belíssima dama, ricamente vestida de noiva. "Tudo isso é para ti e teus soldados" disse-lhes uma insinuante voz que o havia chamado pelo nome. "Sim, não dúvida - pensou Francisco - terei êxito no sul, serei um grande príncipe".
PARA REFLETIR
13. Que julgamento fazes da atitude que Francisco teve com seu amigo pobre? Terá sido fruto de um impulso emotivo ou expressão da nobreza de sua alma?
Crês que se conquista a grandeza por meio das armas? Por quê?
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