Quando cresceu e estava com uns quinze anos, já teve de ajudar a Bernardone fazendo suas primeiras experiências como comerciante. Naquele tempo era costume começarem os rapazes a trabalhar nesta idade, normalmente na mesma profissão exercida pelo pai.
Para dizer a verdade, o jovem Francisco não gostava da profissão do pai. Por mais que se esforçasse não lhe agradou estar todo o dia atrás de um balcão medindo tecido e contando dinheiro. Aproveitava toda ocasião que surgia para ir-se com amigos de folguedos e formar coros numa esquina, organizar uma festa ou cantar animadamente pelas ruas de sua cidade.
Já naquela época distinguia-se entre todos por sua melodiosa voz, sua alegria, sua elegância no vestir, e, acima de tudo, por sua generosidade em compartilhar tudo o que levava no bolso. Por causa disto, não demorou a aparecer como líder dos encontros juvenis e, não poucas vezes, chegou a ser chamado o "rei" das festas de primavera.
Francisco, portanto, era um rapaz comum, normal; um adolescente como todos ainda que, talvez, um pouco "exagerado". Não era um santo pronto desde o começo, com extravagâncias e atitudes de beato como se fosse um desses santarrões pré-fabricados.
PARA REFLETIR
6. Parecer-te-ia normal, hoje, o costume da Idade Média segundo o qual a profissão dos pais determinava a vocação dos filhos? Por que?
É conveniente ser "um jovem comum e normal"? Por quê sim (aspectos positivos)? Por que não (aspectos negativos)?
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