ANIVERSARIANTES DO MÊS

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ASSIM É RAQUENA



Requena é uma Provincia, “Capital da mesma Provincia”, uma cidade e um Vicariato. Tem aproximadamente 25 mil habitantes, e esta rodeada de muitos rios e incrustada na selva amazônica Peruana. Se situa as margens do rio Tapiche, afluente do rio Ucayali que se encontra a poucos quilômetros abaixo,  subindo o mesmo está o entroncamento com rio Puinahua, e 85%  de seu território se inunda com a crescida dos rios da região.

Existem:  muitas escolas, bancos, prefeitura, uma bela praça, muitas criaças e adolecentes, muitos  professores, e tambem os frades e irmãs religiosas e religiosos, além das seitas evangelicas. Da parte dos religiosos e religiosas, existem colegios e muitas construções.

Existem duas ruas principais que iniciam praticamente  nas margens do rio e te leva ao centro da cidade e depois continua. Há outras  ruas  esparramadas  pela “selva”, digo assim porque de selva mesmo resta pouco.

Aquí as chuvas são constantes, quer dizer são poucos os períodos que não chove,  mas as grandes chuvas que  fazem os ríos crescerem iniciam mais ou menos em janeiro, e as chuvas que fazem crescer os ríos vem das cordilheiras “serra”  e tudo tem suas cheias  no começo de março e abril. Assim na cidade tudo se inunda também, visto que sempre se encontram as margens dos rios, como nesta época esta a desova dos peixes, e é possível ver milhões de alevinos  e até peixes maiores nadando pela rua, onde tambem a meninada se diverte nadando todo dia, porque são intransitáveis, isto porque aquí podemos contar uns  20 carros de uso da prefeitura, mas  milhares de motocarro, tornando assim o trânsito  impossível.

Imaginamos assim;  duas ruas cimentadas “nao asfaltadas” (por aquí tudo é feito com cimento) paralelas e com distância de 50  ou 100 metros, cheia de casas de madeira suspensas, por isso  de uma forma ou de outra esta sempre alagada,  agua parada, empoçada, e sempre cheia de mato e muito lixo, tudo que se faz dentro de casa  cai na agua. . .

Depois de meses  todo  panorama muda, as águas abaixam, e tudo fica mais feio, pois começam a aparecer o lixo em grande quantidade . . .  Tanto aquí como em todos os povoados “caserios”  neste periodo o consumo de tábuas é muito grande porque toda a populaçao depende deste material,  uns sobem os assoalhos das casas o quanto é possivel. A prefeitura  sempre constroe  passarelas  onde havia a calçada “por toda extensão”  da rua. 

Obs.  Acredito que quando tudo termina muitas destas tábuas serviriam para outras coisas, Mas no próximo ano tudo novo de novo . . .

O povo é muito simples, muito acanhado, porém as mulheres são bonitas, cabelos longos e negros como a noite,  as crianças dizem mais mamãe do que papai, pois muitas não conhecem os pais e muitas tem pouco contato com o mesmo,  mas com a mãe  se está sempre (mãe é mãe sempre). Por aqui se tem filhos muito jovem, pois a juventude passa a conviver muito cedo (mas casamento nem pensar) talves 01 por ano. 

Curiosidade:  aquí nosso pássaro “o bentivi”  se chama  “Vitor Días”,  na Argentina “Bicho Feio”, pois assim interpretam seu cantar,  e assim também conpreendemos um pouco  da cultura de cada lugar.

Quando perguntamos sobre a origem das pessoas;  muitos dizem  talvez meus avós tenham decendência indígena, eu sou Peruano . . .

Mas o que mais me marca sobre Requena é o barulho:  por aquí tudo é motivo de música, comemoração e tudo que possa fazer  barulho, as casas e seus aparelhos de som, muitas igrejas evangélicas cantam todo os días e o dia inteiro, da sexta-feira até domingo, seja de dia seja de noite; é um festival de barulho por toda a cidade, não há lugar que se possa fugir, são dias que praticamente não se dorme.  Nós particularmente temos um barracão vizinho que, sem exagero posso dizer,  sábado e domingo, sao dias que não dormimos,  pois a música é tão alta que chega a tremer a cama,  e a maior parte são músicas brasileiras:  Calipso, sertaneja, Lambada, Telo, mulher rendeira e outra mais . . ., depois há uma discoteca, e todos parecem revezar, um dia um, outro dia o outro.

Outra coisa que posso contar para se ter uma noção de onde estamos: Nossa água como de toda a cidade é captada da chuva por calhas no teto das casas;  o problema aquí é que existem muitos pombos e urubus (o vizinho mata porcos). Estes urubus estão sempre em cima da casa,  imaginem o que a água leva para dentro da caixa d´agua. . . ( já encontrei alguns animais mortos ai dentro )  temos que ferver e filtrar,  porém já descobrimos onde comprar água de uma fonte.

Aqui se come muito peixe e bastante frango, ( já estou criando penas ) porém peixe frito, mandioca, batatas, arroz e alguns legumes, quando é possível  (a comida é realmente fraca).

Também se faz muito protesto, muito barulho,  revindicação  e  paralização de aulas,  quando termina o ano  pobres alunos ...  Mas creio que gostem, pois sempre estão envolvidos  nestas passeatas.

Os que vivem mais afastados do centro, ou nos caserios,  vivem da selva e de algumas frutas que vendem no mercadinho popular.

Aqui tem de tudo: ensaios, fanfarras, desfiles, asteamento de bandeira  todo domingo depois da missa, abertura de jogos escolares (com milhares de jovens ), tradições (como a mula), na madrugada sempre entre 03 e 04 da manhã saem pelas ruas  gritando e  fazendo algazarra (mais barulho) e a juventude quase toda tem celular, e andam  por todo lado enviando mensagem. Existem ambulantes nas portas das escolas e em torno da praça.

No mês de maio, todos fazem homenagem a Maria:  na Igreja todos as noites há um grupo de alunos todo uniformizado que participam das missas como aula de religiao, uma coisa quase obrigatória, mas gostam do evento,  porém  quando termina o mês  tchauuuuuu,  não se vê mais ninguém, e não querem saber  de nada,  pastoral  nem pensar, os funcionários da prefeitura começam a reformar os jardins da praça, as ruas pululam de vida, os mototaxis dobram os serviços (chegam a ganar 50 soles diário),  os mototaxis não param um minuto, pois um desce e outro sobe, um vêm outro vai e é assim todo o dia. O valor da corrida varia entre 1 soles, um e meio, dois  soles.

Requena como também outras, são cidades limitadas,  não há possibilidade de locomoção para um jovem,  não há possibilidade de ir a outra cidade,  e  aí se vive.  Para ir a Iquitos são 19  horas de lancha . . . imaginem quem vai se sujeitar.

O Bispo faz algumas visitas aos caserios algumas vezes ao ano para realizar: sacramentos. Requena tem luz 24 horas (são somente 04 as privilegiadas )  as demais somente 02, ou 03  horas a noite,  e a maior parte  nada . . .

Existem muitas outras coisas, porem deixemos para uma próxima...

Abraços

Frei Neco ofm
Desde requena "Peru"

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