Neste último domingo aconteceu na Cúria
Geral da Ordem dos Frades Menores em Roma o envio de cinco missionários
para regiões onde o diálogo intereligioso é mais forte. Dois destes
Frades foram enviados para a Tailândia e os outros três para Marrocos.
Dentre estes últimos está o Fr. Roberto Luiz dos Santos, pertencente a
esta Custódia do Sagrado Coração de Jesus.
Frei Roberto saiu do Brasil no dia 11 de
janeiro de 2012. Chegou em Marrocos e ficou ali um mês, depois foi para
Bruxelas na Bélgica para um curso de três meses para missionários.
Neste período ele aperfeiçoou o francês uma das linguas exigidas na
missão em Marrocos e também recebeu formações sobre o modo de estar
nestas regiões de missão onde o diálogo intereligioso é essencial.
Na missa da Solenidade das Ascensão do
Senhor estes irmãos receberam a bênção e a Cruz missionária das mãos do
Ministro Geral, Frei José Rodriguez Carballo. Solenidade propícia para
reforçar aos missionários que Jesus nos deixou a missão de continuar o
seu projeto do anúncio libertador do Reino em meio aos homens e em todo o
mundo.
As leituras da liturgia motivaram o
envio dos nossos irmãos. A primeira leitura (At 1,1-11) ressaltava que
Jesus ensinou ao mundo o projeto do Pai e depois entra em comunhão
definitiva com o Pai, e este caminho feito por Jesus é o que nós devemos
percorrer, sem ficarmos esperando as coisas acontecerem, numa
passividade alienante; mas ir em missão continuando o projeto de Jesus.
A segunda leitura (Ef 1,17-23) procura
iluminar a nossa consciência como discípulos, para compreendermos e
buscarmos esta comunhão plena com Deus, através de uma viva 'esperança'
que se realiza a cada dia na experiência fraterna, pois somos
membros do mesmo "corpo" do qual Cristo é a cabeça; sendo assim a Igreja
realiza a vontade de Deus presente hoje no meio dos homens.
Por fim o Evangelho (Mc 16,15-20) iluminou
a celebração reforçando que Cristo é a nossa plenitude enquanto Igreja
de Deus, e isso nos obriga a testemunhá-Lo no mundo, ser uma presença de
libertação no meio da humanidade. Neste sentido, o Ministro Geral
ressaltou aos missionários para levarem o Cristo como plenitude e não a
si mesmos, pois se estivessem levando os seus próprios projetos, seria
melhor que ficassem onde estavam, pois o projeto que se deve continuar é
o projeto salvífico de Cristo. Ele ressaltou ainda que mesmo em lugares
onde não poderão pronunciar o nome de Cristo, que não deixem de
demonstrar com a vida essa "plenitude" em suas ações.
Fraternalmente,
Fr. Bruno Alexandre Scapolan, ofm
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