FREI FRANCESCO MIRANTE

Querido amigo leitor deste blog franciscano, daremos uma pausa nesta semana nos "Fiorettes" de São Francisco, para acompanharmos de perto o belo testemunho de um confrade que vive na Itália. Ele não é sacerdote, mas tem um ministério enriquecedor. Acompanhemos o artigo de Filomena Lamanna. 

UM ARTIGO DEDICADO A FREI FRANCESCO MIRANTE QUE FOI PUBLICADO NA 

"REVISTA DE FONDI" 

Com o encerramento das aulas o meu trabalho na minha banca de jornais diminui muito, mas a minha maior tristeza é a de me acostumar a um ambiente totalmente diferente. A vivacidade vibrante das crianças e das vozes dos pais e professores, de repente, deixa este lugar num silêncio irreal. Por isso todos os anos espero com ansiedade o primeiro dia de aula e ao invés de esperar que meus pequenos clientes venham dentro da banca de jornal, sou eu que saio curiosa e ansiosa para reencontrar a todos: crianças, pais, professores. Olhando ao meu redor, não muito longe de mim, observei um homem de estatura alta, vestido com uma túnica marrom, um frade que trazia folhetos em sua mão e os distribuía a quem parava. Para mim esta cena foi uma novidade absoluta e possivelmente era também para os outros que passavam rapidamente sem prestar muita atenção. Muitos, desconfiados, retraidos se perguntando: "quem será e o que quer em troca destes folhetos?".

Alguns clientes me entravam na banca de jornais, e por alguns minutos ficaram olhando aquele senhor alto com a túnica marrom que com um sorriso contagioso ingressou na minha loja. "Paz e Bem" - ele me saudou - "Paz e Bem" - respondi eu. "Sou Frei Francesco", - apresentou-se. "Quero comprar um jornal" - e enquanto eu pegava o jornal ele me ofereceu um folhetinho. 

Com curiosidade eu o li: era uma mensagem de Jesus e parecia algo preparado especialmente para mim naquele momento. E pensei o seguinte: "Finalmente Jesus veio à mim em pessoa". 

Conversamos um pouco e em me disse que tinha vindo de Fondi fazia alguns dias e estava junto ao frei Maximiliano, o novo paroco da São Francisco, e Frei Félix. Fico feliz de encontrá-lo nas manhãs diante da escola acolhendo especialmente as crianças, mas sem esquecer dos adultos, e oferecendo a todos uma mensagem che possam ajudá-los no novo dia. 

Frei Francesco me confidenciou que notou um pouco de diferença nas pessoas, ele, porém, sem hesitação alguma continua o seu apostolado. 

Passaram-se nove meses desde aquele dia e cada manhã ele está alí, diante do portão da escola, faça chuva ou sol, nada o faz parar. Dia após dia, cada receio e desconfiança passou e todos aprenderam a amar-lo. As crianças escrevem poesias para ele, cartinhas, pequenas frases, desenhos onde exprimem todo o afeto de uma amizade sincera e gratuita que durante estes meses enriqueceu os nossos corações. 

Sem dúvidas, é também para mim  um grande prazer de vê-lo chegar todas as manhãs; aguardo a mensagem que Jesus põe em suas mãos para mim e penso que nem todos na vida tem a sorte de ter um amigo assim. 

Estou certa que o meu pensamento é compartilhado por tantas crianças, e também pelos lojistas que ele visita cada dia; por todos os pais que são siguramente felizes da riqueza espiritual que Frei Francesco dá aos seus filhos. E ele irradia calor e afeto com generosidade, aquela própria de Jesus, sem querer nada em troca. 

Outro dia ele me disse que será diferente daqui uns dias, quando as crianças estiverem de férias e eu pensei que para mim também será a mesma coisa. 

Sinto-me confortada por saber que existe uma pessoa assim, que o seu positivismo se irradia ao seu redor, que a sua serenidade si transmita, e que tantos pensamentos negativos possam ser anulados por uma mensagem de Jesus. 

(Filomena Lamanna)