Naquele temp a cidade de Assis era muito menor do que hoje. Tinha pouco mais de duzentas casas, algumas grandes e com torres altas (as dos nobres e dos ricos) e outras baixas e pouco espaçosas, mas todas de pedra e apinhadas no sopé de uma colina, como que protegidas por varanda que olha para a planície.
Em meio a todo este conjunto de torres e tetos desiguais, destacava-se a catedral de São Rufino, com sua fachada de majestosa sobriedade, porém, mais no topo do morro, como se fosse um vigia soberbo e desdenhoso, erguia-se a fortaleza com seus muros de defesa e suas torres ornadas, dominando o panorama do alto da colina.
Pelas ruas estreitas e íngremes de Assis, movimentavam-se cerca de dois mil habitantes para buscar água na fonte mais próxima, trabalhar em algum pequeno atelier de artesão, comprar algum produto no mercado ou, simplesmente, para encontrar-se junto à esquina e comentar a mais recente notícia do dia e que havia mudado o ritmo da monotonia.
Lá em baixo se estendia a doce planície da Úmbria, com seus trigais e vinhedos matizados pelo verde prata dos olivais, envolta toda ela delicadamente num tênue manto de neblina que desce do monte Subásio. Havia também árvore e ar puro, e podia-se escutar o canto de pássaros e grilos.
PARA REFLETIR
Percebes alguma diferença entre a Assis de Francisco e nossas cidades de hoje? Relaciona as principais.
Por que não temos, hoje, ar puro, nem calma, nem segurança, ... ?
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